Com roteiros oscilantes, 'Simpsons' faz 20 anos com humor rápido

Manter a atualidade e o interesse do público são os principais desafios de uma série que envelhece. O que fazer, então, quando ela chega a expressivas duas décadas no ar?

Algumas dessas respostas estão nos DVDs da 20ª temporada de "Os Simpsons", atração criada por Matt Groening.

Logo no primeiro dos 21 episódios, Homer é preso e Marge se torna funcionária de uma padaria erótica. Se a questão é ser atual, Groening faz Homer passar por apuros para votar em Barack Obama e satiriza o filme "Transformers", em capítulo em que o protagonista mostra talento para matar celebridades de formas inusitadas.

As piadas rápidas, em nomes de lugares ou em pequenos diálogos e situações, seguem sendo o ponto forte da série, que às vezes oscila nos roteiros.

Entre os convidados da temporada, estão as atrizes Anne Hathaway (que faz par romântico com Bart), Emily Blunt (amiga de Lisa) e o milionário Jeff Bezos, dono da Amazon.

Como ponto fraco, a compilação do vigésimo ano da mais longeva animação da TV não tem grandes extras a oferecer.

O documentário de Morgan Spurlock concebido como um especial de 20 anos ("The Simpsons 20th Anniversary Special: in 3-D! On Ice!"), nem sequer é mencionado.

No libreto que acompanha a caixa, há uma frase de rara sabedoria do geralmente ignorante Homer: "Ah, a TV me respeita. Ela ri comigo, não de mim!". E, por consequência, sem desrespeitar a audiência, o público continua rindo, há 20 anos, com os Simpsons.